
Disneylândia Califórnia sem magia para os trabalhadores
Disneylândia sem magia para os trabalhadores… notícia lamentável.
É óbvio que não existem locais de trabalho perfeitos, em algum ponto ou momento é possível haver uma falha, mas buscar a excelência deve ser o objetivo principal. O ser humano, sempre foi, é e será o grande ativo de uma empresa.
Quando a falha de uma empresa ocorre em um dos elementos essenciais da relação de trabalho é urgente rever a gestão dessas relações.
Disneylândia não é Mundo Encantado para os seus trabalhadores. Uma notícia lamentável.
“É perturbador que os balões que vendemos no parque sejam mais caros do que o que estou a ganhar por hora. Tenho de trabalhar uma hora e meia se quiser comprar um desses balões da Disney.” (Cynthia Carranza – trabalhadora de limpeza na Disney).
Valor da hora de trabalho limpeza na Disney 20,65 dólares (cerca de 18,96 euros) enquanto o valor médio de uma renda naquela cidade norte-americana é de 2.000 dólares (cerca de 1.836 euros).
“Cynthia Carranza lustra, limpa, encera e esfrega os pisos da Disneylândia a partir da meia-noite, para que os visitantes que chegam na manhã seguinte sintam como se ninguém tivesse estado lá antes deles.
Mas depois de seus turnos trabalhando perto do brilhante Castelo da Bela Adormecida, ela foi para “casa” — um carro —, por cerca de quatro meses no ano passado”. (trecho da notícia veiculada por CNN Brasil – 19.07.2024)
“Pela primeira vez em 40 anos, os trabalhadores da Disney podem vir a fazer greve. Em causa estão as condições laborais e os baixos salários, que não são suficientes para uma renda média na Califórnia.” (trecho de notícia veiculada por Observador.PT – 20.07.2024).
Mas não é só sobre salário, há também atos ilegais:
“Embora as reivindicações dos trabalhadores sejam de foro económico, a votação sobre a greve foi pedida em resposta a queixas de que os trabalhadores foram repreendidos por usarem crachás sindicais com a imagem do punho do Mickey erguido e distribuírem informação sindical no parque.
Em junho, os sindicatos apresentaram queixa por práticas laborais desleais ao National Labor Relations Board contra a Disney por “disciplina ilegal, intimidação e vigilância de membros do sindicato que exerciam o seu direito de usar crachás do sindicato no trabalho”.
À CNN International, a Disney indicou que o uso de crachás sindicais vai contra a política de uniformes do parque.
Em comunicado, disse também que os parques da Disneylândia se esforçam para oferecer aos visitantes
“uma experiência ininterrupta e envolvente” e que “qualquer coisa que distraia do espetáculo ou da história, seja um crachá, um alfinete ou um autocolante não aprovado usado por um membro do elenco seria abordado por um responsável”.”
A resposta da Disney, na minha opinião, deixou isso tudo muito mal, porque ficou claro que não importa como, mas o espetáculo deve ser mantido a qualquer custo.
Penso que isso não se alinha, de forma alguma, com o Mundo de Magia que eles divulgam.
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- Posted by Raquel Trindade da Costa
- On 22 de julho de 2024
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